quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ole, Ole, Ole, "Cholo" Simeone

Há poucos dias da decisão da Liga dos Campeões da Europa, Diego Simeone tem tudo para se tornar de vez o maior ídolo da história do Atlético de Madrid. Campeão espanhol no último domingo, “El Cholo” como é chamado carinhosamente pela torcida, (apelido herdado pela combinação mestiça de meio branco, meio índio), para muitos ainda não é o maior nome na história do clube e sim o argentino naturalizado espanhol José Eulogio Garáte (atual treinador do Palmeiras), atacante que conquistou três campeonatos nacionais e também conquistou por três vezes a artilharia, além de ter participado da equipe que foi vice-campeã da Liga dos Campeões em 1974, em que até o momento era o maior feito que o Atlético tinha alcançado na competição.


A carreira:


Nascido em 28 de abril de 1970, em Buenos Aires na Argentina, Simeone foi revelado no Vélez Sarsfield e surgiu nos profissionais em 1987, sempre jogou como volante, exemplo de raça e dedicação em campo e muitas vezes até considerado desleal pelos adversários pela forma bastante dura e séria de enfrentar ás partidas, características suficientes para se tornar ídolo de qualquer clube. Com apenas 19 anos ele se transferiu para a Europa, foi jogar no modesto Pisa da Itália, após três anos no clube ele foi para a Espanha defender o Sevilla, clube em que chamou atenção do Atlético de Madrid, onde sua carreira decolou de vez, a sua primeira passagem pelo clube de Madrid durou três anos, de 1994 á 1997, na temporada de 95/96, ele ajudou seu time a conquistar o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei. Em 1997 ele foi jogar no poderoso Inter de Milão, que no caso estava montando uma grande seleção que logo mais contaria com a chegada de Ronaldo Fenômeno, na Inter ele conquistou a Copa da Uefa, sua passagem pelo clube de MIlão durou até 1999, onde ele foi ser ídolo em outra equipe Italiana, a Lázio, levantou mais quatro títulos, campeão Italiano, da Copa da Itália, Supercopa da Itália e Supercopa da Europa. Já em 2003, com 33 anos, quase em fim de carreira, o Cholo voltou para sua casa em Madrid, ficou mais dois anos no Atlético, dessa vez sem conquistas, atuou em 36 partidas até 2005 onde decidiu retornar para a Argentina depois de dezesseis anos, encerrou sua carreira no Racing em 2006, time em que começou sua carreira de treinador logo em seguida.


Seleção Argentina:


Com a seleção ele ganhou duas vezes a Copa América (91 e 93), uma vez a Copa das Confederações (92) e foi medalha de prata em Atenas em 1996 com a seleção Olímpica, além de participar de três Copas do Mundo em 1994, 1998 e 2002. Atuou por 106 partidas e balançou as redes 11 vezes.


O treinador:


Sem tempo para descansar após pendurar as chuteiras em 2006, Simeone já foi para a beira do gramado pelo próprio Racing da Argentina, ficou pouco tempo, no mesmo ano foi para o Estudiantes, onde conquistou o Campeonato Argentino (trofeu Apertura). Na temporada seguinte ele se transferiu para o River Plate, conquistou outra vez o Argentino, mas dessa vez o Clausura. Na temporada 2009-10 ele treinou o San Lorenzo e logo em seguida teve seu primeiro lampejo na Europa, em 2011 foi apara a Itália treinar o Catania, onde treinou o clube por apenas 18 partidas, e logo em seguida retornou também rapidamente para o Racing. Mas o seu caminho cigano e de aprendizado estava chegando ao fim, no mesmo ano, como um bom filho, ele retornou para casa novamente, chegando ao ápice de sua carreira como treinador logo no primeiro ano no Atlético de Madrid, venceu a Liga Europa e a Supercopa da Uefa em 2012, a Copa do Rei na temporada 2012-13 e o Campeonato Espanhol no último domingo, título que os Colchoneros não conquistavam desde a temporada 1995-96 quando Simeone era jogador da equipe. A próxima página na história de Diego pode ser escrita no próximo sábado (24), quando o Atlético decide a final da Champions League contra o maior rival, o Real Madrid em Lisboa.


O amor da torcida:


A idolatria por Diego Simeone sempre existiu, no video abaixo, produzido em homenagem pela primeira passagem pelo clube, vocês irão ver nos últimos dez segundos, Fernando Torres, quando ainda era criança, cantando em homenagem ao Cholo, acompanhado de outras crianças na arquibancada do Vicent Cálderon. Assista:



A decisão:

Com os prováveis desfalques de Diego Costa e Arda Turan, o Atlético vai ter que se desdobrar para vencer o Real Madrid, comandado por Cristiano Ronaldo a equipe merengue conta com investimentos astronômicos no seu plantel e não vence a Liga dos Campeões desde a temporada 2001-2002 com a equipe liderada por Zinedine Zidane. A decisão de sábado ocorrerá às 15:45, horário de Brasília, no Estádio da Luz em Lisboa, Portugal. E não irá ser fácil, mas Simeone está a um passo da maior conquista de sua história e da história do Atlético.

>>> Leia também: O adeus dos "Hermanos" da Inter de Milão


Por: Breno Cota Neves

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